Brasileiro será seletiva para Mundial

O Campeonato Brasileiro de Duathlon, previsto para acontecer no próximo dia 28 na Pampulha, em Belo Horizonte (MG), será seletivo para o Campeonato Mundial da modalidade que será realizado em Concord (USA). A prova, que terá largadas a partir das 7h45, oferecerá nada menos do que R$ 5 mil de premiação em dinheiro para a elite/sub-23. As inscrições podem ser feitas nas federações de origem até o dia 8.
A categoria elite/sub-23 paga R$ 100,00 de taxa. As categorias de faixas etárias: R$ 80,00 e as infanto-juvenil e infantil R$ 50,00. Quem se inscrever de 9 a 23 terá acréscimos no valor das taxas. A categoria elite/sub-23 pagará R$ 130,00, as categorias de faixas etárias R$ 110,00 e as categorias infanto-juvenil e juvenil R$ 70,00. Não serão aceitas inscrições fora dos prazos estabelecidos.
O percurso será 100% plano, às margens da Lagoa da Pampulha. A prova principal terá 10 km (quatro voltas) de corrida, 40 km (oito voltas) de ciclismo e 5 km (duas voltas) de corrida.
É o segundo ano consecutivo que Belo Horizonte sedia a competição. No ano passado venceram, respectivamente, no feminino: Gisele Lisboa-Foto (RJ) com 2.03:52; Ariane Gomes (SP) com 2.04:28; Daniela Martins (PR) com 2.05:22; Cíntia Gama (ES) com 2.06:41 e Alessandra Rocio (SC) com 2.08:23.
No masculino os vencedores, respectivamente, foram: Adriano Saccheto (MG), sub-23, com 1.45:34; Diogo Sclebin (RJ) com 1.47:45; Thiago Vinhal (MG), com 1.48:32; Frank Silvestrin (RS) com 1.48:48 e Ernani de Souza (RJ) com 1.50:56.

Fique a vontade!!!!!

Fique a vontade!!!!!

Que adjetivos cabem a nós, dedicados a seguir a rotina dos dias? E o que testemunha nossa passagem pela terra? A barriga? O extrato bancário? Sempre buscamos o autoconhecimento, uma forma de nos diferenciar da massa; e um Ironman é uma boa ocasião para essa busca. A prova fascina porque é difícil. Ali, por mais de nove, treze, dezesseis horas, você se expõe ao que é, ou achava que era. Demônios, virtudes, paixões, tudo, ao seu redor, dentro de você, correndo ao seu lado, pendurados em suas costas, tornando o difícil em insuportável. A diferença entre o tormento e a motivação dos que ainda dão o próximo passo, no fim, é só o sentido que cada um dá a tudo aquilo. Por ser difícil, o respeito aumenta, o medo é sincero. Levamos uma vida de seqüências absurdas, que não alimentam mais nossa essência de homem. Nascemos e crescemos; temos emprego, mulher e filhos; morremos no trabalho, depois de verdade.No entanto, é preciso saber que, entre uma coisa e outra, uma energia enorme impele o espírito. É a sensação dos que estão em guerra, dos que precisam sobreviver, dos que não querem perder seu direito à lucidez; é a sensação dos que se digladiavam, mas voltavam orgulhosos para casa. A dor é temporária; a alegria, eterna. Parece pouco, mas é tudo.O Ironman é uma lição sobre o que o corpo é capaz; e também sobre sua finitude. Aprendi que as pegadas que você deixa quando corre e um túmulo se diferem, sobretudo, pela profundidade do buraco. O corpo é o seu grande caminho, ponte para tudo: da felicidade a um copo d’água. Deve ser penoso exercitar o amor ao próximo enquanto o amor próprio está rasteiro. Ninguém salva o mundo sendo mais decadente do que a quem se estende a mão.Sonhamos acordados todos os dias. Lemos as aventuras de nossas vidas escritas pelos outros, vividas pelos outros, e nos acostumamos a ser mais platéia que palco. Quantos de nós mergulham na profunda atividade de ser? O que se perde no caminho é a experiência real do mundo; perde-se o conhecimento derivado do que seja estar vivo. Eis a beleza de um Ironman: a sensação elementar de estar vivo.